Era da Imaginação Estratégica marca espaço na arquitetura

Rometalks
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A WGSN, referência global em tendências, apresentou suas previsões para 2025 e 2026 e trouxe um conceito que promete marcar o período: a Era da Imaginação Estratégica. A ideia é simples, mas poderosa: a criatividade deixa de ser apenas estética para se tornar o grande motor da inovação e uma resposta às múltiplas crises que vivemos hoje.

Na arquitetura e no design de interiores, isso significa ir além da funcionalidade. Os projetos passam a ser pensados como formas de criar futuros desejáveis e ambientes que despertam emoção. Nesse cenário, cores, materiais e narrativas visuais ganham ainda mais espaço.

Espaço “Ninho” do Atelier Marko Brajovic promoveu, durante a CASACOR São Paulo, um ambiente de acolhimento, contemplação e diálogo.

As cores como portais para novas realidades

Segundo a WGSN, as cores vão ter um papel fundamental nos próximos anos. Elas não são apenas escolhas estéticas, mas verdadeiros portais emocionais, capazes de nos levar tanto a memórias nostálgicas quanto a universos cheios de imaginação.

Entre as apostas, temos:

– Tons terrosos escuros: transmitem estabilidade e longevidade, ao mesmo tempo em que evocam espiritualidade, luxo e subversão.

– Italian Clay: neutro clássico em versão aquecida, que reforça a sofisticação natural.

– Flame, Sunset Coral e Thrift Pink: vermelhos e rosas que traduzem ousadia e emoção.

– Verdes e azuis vibrantes: cores energéticas que conectam com o futuro, incluindo o Luminous Blue, eleito pela WGSN como a cor de 2027.

Essas cores vão além da estética: elas se tornam uma ferramenta estratégica, ajudando a expressar cultura e a construir identidade nos espaços.

Na CASACOR São Paulo, o espaço Hall Raíses, de Renzo Cerqueira, apostou no Luminous Blue como cor principal.

Texturas que contam histórias

Outro ponto de destaque para 2025/2026 é a mistura de materiais. A combinação de pedras, madeira, tecidos hipertexturizados e chapas metálicas cria atmosferas ricas em experiências sensoriais.

Superfícies espelhadas e metais são os protagonistas de uma história que busca brincar com a percepção e estimular o olhar. A estética, mesmo sendo fantasiosa, se afasta do futurismo tecnológico exagerado, privilegiando experiências mais táteis, emocionais e envolventes.

Essa abordagem reflete a tendência de valorizar ambientes que inspiram refúgio, contemplação e imersão, alinhando inovação ao bem-estar.

O retorno do clássico

Inspirado pelo movimento da moda, o design de interiores também resgata elementos clássicos. Estampas, tecidos e estéticas mais românticas marcam presença, trazendo a ideia de exuberância nos detalhes.

Espelhos criativos em formatos inusitados, além de inovações em iluminação que transformam o espaço em experiência, são alguns dos destaques. Ainda, a decoração litorânea e náutica reinterpretada, essencial para coleções de verão, com frescor contemporâneo.

Essa valorização da ornamentação e do detalhe estratégico mostra como a imaginação se converte em ferramenta de diferenciação e encantamento.

O impacto para a arquitetura e o design

A Era da Imaginação Estratégica representa uma mudança de mentalidade para profissionais de arquitetura e design. Mais do que acompanhar modismos, trata-se de usar a criatividade como instrumento para responder às complexidades do presente e criar futuros possíveis.

Nesse cenário, cores, materiais e narrativas visuais deixam de ser coadjuvantes e passam a ser estratégias de conexão com emoções, memórias e desejos coletivos.

Para os próximos anos, o desafio será unir inovação e sensibilidade, transformando cada projeto em uma oportunidade de encantar, inspirar e ressignificar os espaços.

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